quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Momentos

Há momentos, repetidos momentos
Em que as ideias se cruzam, vadias
À velocidade da luz,
Em voos, que fogem
E eu não consigo parar,
Apenas parar, para pensar.
Há momentos, fulminantes momentos
Em que tudo me faz disparar,
Tal qual um sorriso, na beleza do teu riso
Uma frase, no eco das tuas palavras
Um olhar, na transparência que vejo
Ao fixar, o simples encanto do teu olhar.
Há momentos, luminosos momentos
Em que eu só vejo estrelas, nos teus olhos
Muitas estrelas, a brilhar
Mais do que seria conveniente,
Para quem sofre, só de as ver
Como eu, que as tenho que suportar.
Há momentos, apenas momentos
Em que o tempo me leva
E eu sou vidro,
Um vidro tão liso, a olhar
Onde as coisas se espelham, sem tempo
E servem de mim, apenas por fixar nelas o olhar. 
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(Miguel Almeida)

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