sábado, 6 de novembro de 2010

RAFAEL GABRIEL JUAN MÚGICA CELAYA LACETA

Maldigo la poesía concebida como un lujo
Cultural por los neutrales
Que, lavándose las manos, se desentienden y evaden.
Maldigo la poesía de quien no toma partido, partido
Hasta mancharse.”
Celaya, Gabriel, La Poesía es Una Arma Cargada de Futuro.

POESIA DE INTERVENÇÃO


Como o amor, num poema que é só de amor
O poeta revolta-se, fazendo-se na revolta
E clama justiça, habitando no que é justo.
Como um luxo cultural, numa cultura sem arte
A poesia amaldiçoa-se, fazendo-se maldita
E navega à toa, nas circunstâncias do tempo.
“Como um luxo cultural para os neutrais,
Como poesia de quem não toma partido,
Partido até manchar-se”,
Troa na voz sentida de Celaya,
A palavra é vazia, sem tonalidade ou coloração
A cultura é um luxo, sem a força sentida da posição
A felicidade é tristeza, se é sempre a vida da acomodação
Mas tudo é em vão, se por cobardia se cala a voz do coração.

In, O Templo da Gória Literária, p. 139.

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